Zika Vírus

A doença

O zika é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. O vírus recebeu esse o nome após ser detectado em macacos na floresta Zika, na Uganda, em 1947. O primeiro caso confirmado no Brasil foi em abril de 2015.

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Apesar de ser transmitido pela picada do mosquito fêmea Aedes aegypti, o vírus já foi identificado no sangue, no leite materno, no sêmen, em fluidos vaginais, na urina e na saliva das pessoas infectadas, podendo a transmissão acontecer por relações sexuais com pessoas infectadas (mesmo se as pessoas ainda não tiverem os sintomas) e de mãe para filho em caso de infecção durante a gravidez.

Sintomas

A infecção pelo vírus Zika pode ser assintomática ou sintomática. Quando sintomática, pode apresentar quadro clínico variável, desde manifestações brandas e autolimitadas até complicações neurológicas e malformações congênitas. Estudos recentes indicam que mais de 50% dos pacientes infectados por Zika tornam-se sintomáticos. O período de incubação da doença varia de 2 a 7 dias.

Manifestações mais comuns:
- Febre baixa (≤38,5 ºC) ou ausente
- Exantema (geralmente pruriginoso e maculopapular craniocaudal) de início precoce
- Conjuntivite não purulenta
- Cefaleia, artralgia, astenia e mialgia
- Edema periarticular, linfonodomegalia

Além da manifestação clínica exantemática febril leve da infecção pelo ZIKV, o prurido é um sintoma importante durante o período agudo, podendo afetar as atividades cotidianas e o sono.

Duas complicações neurológicas graves relacionadas ao ZIKA foram identificadas: Síndrome de Guillan-Barré (SGB), uma condição rara em que o sistema imunológico de uma pessoa ataca os nervos periféricos, e microcefalia, a manifestação mais grave de um espectro de defeitos congênitos. Gestantes infectadas podem transmitir o vírus ao feto e essa forma de transmissão da infecção pode resultar em aborto espontâneo, óbito fetal ou malformações congênitas, como a microcefalia.

Deve-se ficar atento para o aparecimento de outros quadros neurológicos, tais como, encefalites, mielites e neurite óptica, entre outros.

Pessoas infectadas pelo vírus zika podem não perceber a doença, pois ela é assintomática em 80% dos casos. Porém, os sintomas clínicos mais comuns são febre baixa, dores da cabeça e nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Em caso de sintomas, procure a unidade de saúde mais próxima.

Tratamento

Não há um tratamento específico nem vacina contra o vírus zika. O tratamento voltado para os casos sintomáticos é baseado no uso de antitérmicos (paracetamol e dipirona) e anti-inflamatórios livres de ácido acetilsalicílico (AAS), devido ao risco de hemorragias descritas nas infecções por outros flavivírus.

Prevenção

Evite regiões epidêmicas, elimine focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti, não deixe água parada em pneus, garrafas ou vasos, verifique se a caixa d’água está devidamente fechada, lave com escova as paredes de algum recipiente que possa conter líquidos. Use repelente, e preservativo nas relações sexuais.