18/04/2024 às 16h59

GDF investe R$ 133 milhões para construir o primeiro hospital no Recanto das Emas

Unidade amplia capacidade da rede pública em cem leitos e terá atendimento de clínica médica e pediatria. Obra deve gerar 750 empregos

Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da secretaria de Saúde, vai investir R$ 133.701.000 para construir o Hospital Regional do Recanto das Emas (HRE). A autorização para a obra foi dada pelo governador Ibaneis Rocha durante evento na cidade nesta quinta-feira (18) e comemorada pela população de 150 mil habitantes.

A unidade vai ser destinada a atendimentos nas áreas de clínica médica e de pediatria. Ao todo, cem leitos irão compor o hospital, sendo 60 de clínica médica, 30 de clínica pediátrica e dez Unidades de Terapia intensiva (UTI) pediátrica.

O governador Ibaneis Rocha lembrou que, ao lado do viaduto já entregue, a obra do hospital era a mais pedida pelos moradores. Foto: Renato Alves/Agência Brasília

O prédio terá área construída de 16.742,49 metros quadrados. A estrutura cirá contar ainda com centro cirúrgico, apoio diagnóstico e terapia, apoio técnico de nutrição e dietética, farmácia hospitalar e Central de Material Esterilizado (CME), setores administrativo, logístico, e de ensino e pesquisa. Além disso, o HRE atende requisitos técnicos de tecnologia e meio ambiente, com energia fotovoltaica e reaproveitamento da água.

A construção, que vai gerar 250 empregos diretos e cerca de 500 indiretos, irá complementar a rede da Secretaria de Saúde (SES-DF). Dados do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF) apontam a necessidade da criação de leitos hospitalares na região, onde mais de 83% da população depende do Sistema Único de Saúde (SUS). “Compete a nós, que estamos à frente do governo, dar condições à população para que sejam atendidas. E é exatamente isso que estamos fazendo, ampliando todo o sistema de saúde”, disse o gestor.

A construção, que vai gerar 250 empregos diretos e cerca de 500 indiretos, será essencial para complementar a rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Mais estrutura

Além da autorização para a obra no Recanto das Emas, o chefe do Executivo falou de outros equipamentos públicos, adiantou a construção de cinco unidades de Pronto Atendimento (UPA) e lembrou de reformas em andamento. “Esperamos assinar na próxima semana a ordem de serviço do Hospital do Guará, que vai melhorar muito a saúde daquela região. Não estamos cuidando só de novos hospitais, mas reformando e ampliando, como é o caso das unidades s de Brazlândia e Planaltina”, acrescentou.

Para a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, a construção do hospital representa o atendimento a uma necessidade de uma cidade populosa. “Há muito se buscava que o Recanto das Emas tivesse esses leitos hospitalares. Essa cidade caminhava apenas com a Atenção Primária e com a UPA. É necessário mais, vamos começar com cem leitos e poderemos chegar a 229”, destacou.

Já o presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Fernando Leite, enfatizou a grandeza do equipamento público. “Teremos um hospital moderno e faremos outros três nesse porte, que é o do Guará, São Sebastião e Gama.”

Saúde para o Recanto

Em 2020, a população do Recanto das Emas ganhou a Unidade Básica de Saúde (UBS) da Quadra 804, que beneficia, diretamente, cerca de 20 mil pessoas. O investimento foi de R$ 2,3 milhões. Há ainda outras quatro UBSs e uma UPA.

Com o hospital, espera-se que a região administrativa se torne independente em relação a outras vizinhas, como aponta o administrador Carlos Dalvan. Segundo o gestor, os moradores precisam recorrer ao Hospital de Taguatinga e ao Hospital de Base quando necessitam de um atendimento de maior complexidade. “É a obra mais esperada da história do Recanto das Emas. O hospital vem para atender e para completar nossa rede de atendimento”, avaliou.

Hospital que vem para aliviar o atendimento de quem mora na cidade, a exemplo do comerciante Luiz Carlos Araújo, 58. “É ótimo que ele seja construído para melhorar o atendimento da população que sai daqui para outra cidade satélite, não é? Quanto mais atendimento e mais áreas abranger, melhor.”