LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
A leishmaniose tegumentar (LT) é uma doença infecciosa, não contagiosa, que acomete pele e mucosas. A infecção é definida por uma série de fatores relacionados ao parasito (espécie, cepa, forma evolutiva) e ao hospedeiro (células do sistema imune inato e adaptativo), onde podem surgir lesões teciduais cutâneas e/ou mucosas.
Modo de transmissão:
Ocorre através da picada do flebotomíneo fêmea em hospedeiro infectado, que depois pica o homem, durante o repasto sanguíneo, inoculando a Leishmania sp. Infecções por leishmânias que causam a LT foram descritas em várias espécies de animais silvestres, sinantrópicos e domésticos (canídeos, felídeos e equídeos), entretanto, não há evidências científicas que comprovem o papel dos animais domésticos como reservatórios, sendo considerados hospedeiros acidentais da doença.
Período de incubação:
O período de incubação no ser humano é, em média, de dois a três meses, podendo variar de duas semanas a dois anos. Sinais e sintomas:
A doença manifesta-se sob duas formas: leishmaniose cutânea e leishmaniose mucosa, que podem apresentar diferentes manifestações clínicas. As lesões cutâneas podem ser únicas, múltiplas, disseminadas ou difusas.
A úlcera típica da forma cutânea é geralmente indolor, com formato arredondado ou ovalado, com bordas bem delimitadas e elevadas, fundo avermelhado e granulações grosseiras. Já a forma mucosa caracteriza-se pela presença de lesões destrutivas localizadas na mucosa, em geral nas vias aéreas superiores como nariz, boca e garganta.
Diagnóstico
O diagnóstico da leishmaniose tegumentar é feito por métodos laboratoriais, por meio de exames parasitológico com a demonstração direta do parasito no raspado da lesão ou na biópsia, ou por métodos imunológicos ou histopatológicos.
Tratamento
Os medicamentos disponíveis para o tratamento da leishmaniose são:
- Antimoniato de Meglumina
- Pentamidina (Isotionato)
- Miltefosina Os medicamentos são dispensados pela Farmácia Escola do Hospital Universitário de Brasília – HUB.
Notificação compulsória
A leishmaniose tegumentar é uma doença de notificação compulsória, onde todos os casos que atendam a definição de CASO CONFIRMADO, devem ser notificados e informado à Gerência de Vigilância de Doenças Transmissíveis (GVDT) e ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS). Diretória de Vigilância Epidemiológica - Divep
Considera-se caso confirmado de leishmaniose tegumentar:
Leishmaniose cutânea: todo indivíduo com presença de úlcera cutânea, com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura, com confirmação por diagnóstico laboratorial ou clínico epidemiológico.
Leishmaniose mucosa: todo indivíduo com presença de úlcera na mucosa nasal, com ou sem perfuração ou perda do septo nasal, podendo atingir lábios e boca (palato e nasofaringe), com confirmação por diagnóstico laboratorial ou clínico epidemiológico.
Fonte: Ministério da Saúde
SAIBA MAIS:
Guia de Vigilância em saúde 6ª edição revisada – Volume 2
Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Tegumentar
Ministério da Saúde
Informativos Epidemiológicos – Leishmanioses
1) Situação Epidemiológica da Leishmaniose Visceral no Distrito Federal, série histórica 2014 a 2023
2) Situação Epidemiológica da Leishmaniose Tegumentar no Distrito Federal, série histórica 2014 a 2023