CAPS AD Guará, primeiro do DF, completa 11 anos
CAPS AD Guará, primeiro do DF, completa 11 anos

Atualmente a unidade possui 1,8 mil prontuários
BRASÍLIA (2/10/15) - O primeiro Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPS-Ad) do Distrito Federal completa 11 anos com 1,8 mil prontuários. A unidade já chegou a contar com 10 mil prontuários e, atualmente, ainda atende a várias regiões do DF. O paciente que precisa de ajuda e mora ou trabalha no Guará I e II, SIA, Estrutural, Vicente Pires, Riacho Fundo I e II, Águas Claras, Arniqueira, Parque Way e Candangolândia, pode contar com o serviço. O entorno também pode buscar atendimento na unidade. A comemoração, que foi realizada quinta-feira (1) contou com várias atividades e apresentação de capoeira.
O CAPS-Ad Guará possui acolhimento, práticas integrativas de saúde como dança sênior e automassagem, projeto terapêutico individual, oficinas e atividades terapêuticas, acompanhamento psiquiátrico e terapia comunitária. O atendimento não tem fila de espera e a resposta ao plano terapêutico é feito com a equipe a cada três meses. Esse trabalho é realizado por uma equipe de 25 profissionais da clínica médica, psiquiatria, enfermagem, psicologia, administração, técnico administrativo e técnico em enfermagem. Na reforma finalizada no ano passado, foi possível ampliar consultórios e adequar áreas para um melhor atendimento à população.
A unidade do Guará é do tipo II, para cidades de médio porte, dos 1,8 mil prontuários, 800 estão ativos e os outros mil ficam inativos, voltando para o ativo de acordo com o retorno do paciente, que muitas vezes abandona o tratamento. Mensalmente são realizados, em média, 485 atendimentos diversos e, só no ano passado, foram 5.178. A busca por tratamento de dependência do álcool é maior, seguida pela droga cruzada e desmame de medicação psicotrópica. Segundo Dalila Dourado, gerente da unidade, as atividades são mapeadas de acordo com o projeto terapêutico que avalia as necessidades do paciente.
"Cada paciente precisa de um apoio eficaz e de acordo com a avaliação que ele passa. Por mais que ele goste de uma área, às vezes, é preciso direcioná-lo para outra atividade terapêutica que surtirá mais efeito. Além do tratamento individual, também trabalhamos a família do paciente e a abordagem que deve ser feita dentro de casa. Muitos deles não sabem como reagir com o próprio familiar. Nós damos esse direcionamento para que o tratamento dele tenha êxito. É um trabalho em rede", destacou.
Além das terapias, a unidade conta com a internação diurna de pacientes e três leitos de desintoxicação no Hospital Regional do Guará (HRGu). Depois, segue para tratamento no CAPS Ad. Dourado ainda ressalta que hoje há um entendimento maior desse fluxo da Saúde Mental pela população. "Temos uma boa demanda espontânea. Antes, tudo era no Hospital São Vicente de Paulo e a família entendia que a internação era a solução. Mas, com a nova política adotada pelo Ministério da Saúde, isso mudou. Hoje o paciente vai para o São Vicente em caso de crise psicótica sem o uso de drogas", destacou.
Entre os projetos de trabalho estão o tema ampliação do serviço e retomada do grupo de tabagismo. Para ampliação, o coordenador da Regional de Saúde do Guará, Lucimir Maia, juntamente com sua equipe, mapeou terrenos na Estrutural e Guará para a construção de um CAPS-Infantil e CAPS Transtorno Mental. "Estamos batalhando para dar início a esses projetos que são essenciais para apoiar o trabalho da Saúde Mental. O Guará é referência para outras áreas no DF e hoje temos a necessidade de ampliar o serviço, principalmente, na construção no CAPS-Ad que hoje funciona, desde a sua implantação, provisoriamente nas dependências do Centro de Saúde nº 2 do Guará e só atende à população maior de 18 anos", afirmou.