01/03/2013 às 18h15

Palestra do ponto eletrônico reúne 60 profissionais no Riacho Fundo II - 637

Debates sobre atendimento ao adolescente

Os profissionais de saúde de oito equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), do Riacho Fundo II, totalizando 60 pessoas, se reuniram nessa quinta-feira e sexta-feira (28 e 1º), no período da manhã, para debater questões voltadas para o adolescente. O objetivo é oferecer condições para que os profissionais façam uma primeira abordagem junto ao público jovem e reconheça quando houver necessidade de um acompanhamento mais especializado.

Segundo o coordenador-geral de Saúde do Riacho Fundo II, Pedro Queiroz Zancanaro, a sensibilização dá condições para que num primeiro momento o profissional se aproxime do jovem e consiga manter um canal de conversação com o mesmo. “precisamos manter a porta aberta para esse contato e não podemos perder de vista os adolescentes que estão sob nossa competência, fazendo os encaminhados que forem necessários”, frisou o coordenador, ao dar início ao encontro na Agência do Trabalhador do Riacho Fundo II, na quadra QC 1, na quinta-feira.

Essa é a primeira de uma série de três sensibilizações que ocorrerão nos mesmos moldes dessa inicial, totalizando o treinamento de 14 equipes com exposições sob o ponto de vista médico, de enfermagem, assistência social e psicologia.

Segundo a psicóloga Silvia Lordello, do Núcleo de Saúde do Adolescente (Nusad/SES-DF), quando se trata de adolescentes, a primeira coisa necessária é deixar de lado os falsos estereótipos. “Ninguém consegue se inserir no mundo do adolescente de maneira satisfatória, caso acredite e reforce o que muitas pessoas acreditam, como por exemplo, que o jovem é folgado, complicado, rebelde, irresponsável e outros adjetivos desqualificadores”, advertiu no início de sua exposição.

O Estatuto da Criança e do Adolescente também foi analisado durante o encontro pela assistente social Cristiane Lopes, que fez um breve histórico da visão que a sociedade e o estado tinham sobre os adolescentes desde o século 17. Para ela, o estatuto atual representa um avanço porque as experiências passadas mostraram que a força bruta pura e simplesmente não foi capaz de atingir os seus objetivos.

Já a médica Lucilene de Queiroz, da coordenação de saúde local, reforçou que a sensibilização não visa tornar o profissional ultra qualificado em relação ao público adolescente, mas sim mostrar que várias ferramentas podem ser utilizadas para o acompanhamento do jovem, como por exemplo, a equipe de profissionais do Núcleo de Apoio ao Saúde da Família (Nasf), que pode auxiliar a equipe da ESF no decorrer do tratamento.

A Sensibilização em Saúde de Adolescentes da Coordenação Geral de Saúde foi organizada pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS) e pela Gerência de Políticas de Programas/Coordenação de Adolescentes.

Arielce Haine