Saiba como evitar acidentes com a taturana oblíqua
Saiba como evitar acidentes com a taturana oblíqua
Lonomia obliquaLonomia obliquaTEXTO: Leandro Cipriano, da Agência Saúde
Pela primeira vez a Vigilância Ambiental registrou no Distrito Federal a presença da lagarta da espécie , também conhecida como taturana oblíqua. Colônias do animal foram identificados recentemente em duas residências no Lago Sul, uma em Brazlândia, duas no Park Way e duas no Lago Norte. Em apenas dois dias, o Centro de Informação e Investigação Toxicológica do Samu/DF (Ciatox) recebeu cerca de 200 pedidos de informações sobre lagartas. "A maior parte não era lonomia", diz a toxicologista Andrea Amora de Magalhães, ressaltando que não é indicado matar qualquer que seja a espécie. "Além de causa desequilíbrio ambiental, as da espécie lonomia são utilizadas para produzir o soro contro a substância delas", diz. Devido ao veneno produzido pela espécie lonomia, que pode ocasionar sangramentos e até mesmo o óbito, a Secretaria de Saúde faz algumas orientações para a população evitar contatos acidentais. “Ao encontrar estas e outras lagartas, é importante contatar a Dival para recolhimento de amostra, identificação e auxílio no controle. A ideia é que população nos contate para saber se o tipo de lagarta encontrada oferece risco ou não”, informa o biólogo da Vigilância Ambiental Israel Martins. Segundo ele, o reconhecimento desta espécie não é difícil, pois ela apresenta características bem específicas. “É recoberta por cerdas (espinhos) cuja forma lembra pequenas ‘árvores de natal’, espinhos estes que contém veneno; apresentam coloração geralmente esverdeada; e mancha branca na forma da letra“U”, informa. Em caso de dúvida, o cidadão pode enviar a foto da lagarta para o telefone do Centro de Informações Toxicológicas (Ciatox), que funciona 24h: 99288 9358. "A gente também dá orientações de como proceder, em caso de acidente com uma delas", diz Andrea. Para inspeção, a Dival pode ser contatada no telefone 99287 6635 e nos e-mails dir.dival@saude.df.gov.br, gevac.dival@saude.df.gov.br e gevapac.dival@gmail.com. SORO - A rede de saúde está abastecida com o soro anti-lonomia, sendo o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) referência para ministrar o medicamento. A toxicologista Andrea Amora, em caso de contato acidental com a lagarta , o primeiro passo é lavar o local afetado com água e sabão e, posteriormente, procurar uma unidade de saúde mais próxima para saber sobre a necessidade de uso do soro. “Quando acontecer o acidente, a pessoa pode procurar qualquer unidade de saúde, que os profissionais entram em contato com o Hran para pedir o soro”, afirma o subsecretário de Vigilância à Saúde, Marcus Quito.