Secretaria de Saúde destaca protocolo de rastreamento de cânceres gastrointestinais
Secretaria de Saúde destaca protocolo de rastreamento de cânceres gastrointestinais
No DF, o câncer colorretal é o terceiro mais comum, atingindo cerca de 710 novos casos por ano
Ingrid Soares, da Agência Saúde-DF | Edição: Willian Cavalcanti
Dor abdominal, perda de peso, fezes com sangue, anemia de causa desconhecida, distensão e refluxo. Esses são alguns dos sinais de alerta para buscar um rápido auxílio médico. No Distrito Federal, a incidência do câncer colorretal é o terceiro mais comum, atingindo cerca de 710 novos casos por ano. Levando em conta a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), esse número pode chegar a 1.000 casos por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). No entanto, o cenário pode ser evitado com medidas simples.
“Apenas 5% a 10% dos casos são genéticos. O restante está associado a fatores ambientais como a falta de exercícios físicos, má alimentação, consumo exagerado de ultraprocessados, ganho de peso, tabagismo e consumo de álcool. Cerca de 40% dos casos seriam evitáveis apenas por medidas de prevenção de saúde e mudança de hábitos”, destaca o chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da SES-DF, Gustavo Ribas.

O médico ministrou palestra nesta sexta-feira (9) destacando o protocolo de rastreamento do câncer colorretal da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). O procedimento instituído pela SES-DF realiza os exames necessários para o diagnóstico precoce e o início do tratamento. “Fazemos a testagem do sangue oculto e da colonoscopia para prevenção do câncer colorretal. É preciso estar atento aos sintomas. Se o paciente entrar nos critérios de risco de classificação, ele já é encaminhado para realizar os exames”, explica.
A Referência Técnica Distrital (RTD) de oncologia da SES-DF, Carla de Morais, relatou que a ação é importante para conscientizar e reforçar os critérios de rastreamento e os sintomas que eventualmente podem aparecer no início da doença. “Com a estratégia de rastreamento, o paciente tem diagnóstico de doença inicial. Quanto mais precoce, maior a chance de cura. Também é sempre importante relembrar os exames de rastreamento, mesmo quando não há sintomas e sinais”, acrescenta.

A porta de entrada do paciente para realizar os procedimentos é a Unidade Básica de Saúde (UBS). Já no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e no Hospital de Base (HBDF), são oferecidos o exame de imuno-histoquímica, que determina diversas características dos tumores, como a origem e seus tipos e subtipos, auxiliando em condutas terapêuticas específicas.
Os exames de colonoscopia podem ser realizados nos hospitais Regionais de Sobradinho (HRS), de Ceilândia (HRC), de Taguatinga (HRT), do Gama (HRG) e no Hospital de Base (HBDF).
Ciclo de palestras
Realizadas na sede da SES-DF, os ciclos de palestras sobre linhas de cuidado dos diferentes cânceres seguem até dezembro. Criada pela Asccan da SES-DF, a iniciativa tem como objetivo levar conhecimento para profissionais de diversas unidades da pasta. O primeiro evento de 2025 ocorreu no último dia 06 e abordou o câncer de colo de útero.
