23/09/2019 às 17h43

Valorização da vida marca abertura da Jornada de Prevenção ao Suicídio do DF

Evento conta com debates e palestras com especialistasLeandro Cipriano, da Agência SaúdeFotos: Breno Esaki/Saúde-DF

  A valorização da vida e a prevenção ao suicídio são temas em destaque durante o Setembro Amarelo, mês voltado a discutir esta temática. Uma forma de fortalecer o papel da rede de atenção sobre o assunto é com ações educativas para capacitar os profissionais de saúde, além de esclarecer à sociedade a respeito dos problemas que envolvem o suicídio.  

Para incentivar a interação entre os profissionais e a população, a Diretoria de Saúde Mental (Dissam) da Secretaria de Saúde promove a VIII Jornada de Prevenção ao Suicídio do Distrito Federal, que começou nesta segunda (23) e se estenderá até amanhã, terça-feira (24).

  Durante o encontro, residentes, servidores e demais participantes terão a oportunidade de acompanhar palestras de especialistas sobre temas importantes relacionadas à saúde mental. Uma delas diz respeito às ferramentas desenvolvidas pelas redes sociais para monitorar possíveis casos de suicídio. Uma nota pública sobre a questão foi elaborada pela Dissam.   “Estamos aqui para discutir, aprender e construir caminhos para diminuir os números de suicídio. Hoje, no mundo, temos 32 suicídios ocorrendo por dia, e no DF, não é diferente”, ressaltou a secretária-adjunta de Assistência à Saúde, Lucilene Florêncio, na abertura do evento.   PLANO DISTRITAL – A gestora se lembrou do Plano Distrital de Prevenção ao Suicídio, recentemente aprovado pela Secretaria de Saúde, com ações a serem desenvolvidas entre 2020 e 2023 com a finalidade de reduzir e evitar os índices de atentados contra a própria vida.   “Isso foi um grande avanço e um marco. O plano tem várias etapas, mas a essência dele é trabalhar a prevenção. Estamos estudando e avançando para evitar esse sofrimento”, garantiu Florêncio.   De acordo com a diretora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do DF, Elaine Bida, o plano pretende trabalhar eixos de atuação como educação, prevenção, posvenção e mobilização de políticas públicas. “A ideia é envolver toda a sociedade, em todos os níveis, incluindo a ação de várias secretarias”, completou.   O primeiro passo será montar um comitê, formado por membros do governo e da sociedade civil organizada, para colocar as ações em prática. “Esse comitê será o ordenador de todas as ações de prevenção ao suicídio do Distrito Federal”, explicou Bida.   LEI – Também esteve presente ao evento a coordenadora-geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde, Maria Dilma Alves. Ela destacou a importância da Lei nº 13.819/2019, recentemente criada, que institui a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, a ser implementada em todo o país.   A ideia é estimular o cuidado com a saúde do trabalhador, em especial dos profissionais de saúde e dos educadores, para prevenir casos de suicídio e da Síndrome de Burnout, distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intensos.