Secretaria de Saúde do Distrito Federal

A segurança dos alimentos é um fator importante para evitar contaminação e doenças. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), estima-se que uma em cada dez pessoas, no mundo, adoecem após o consumo de alimentos contaminados. Em alerta para esse cenário, equipes das Secretarias de Saúde (SES) e de Agricultura (Seagri) e do Procon do DF se uniram em uma ação educativa em supermercados em 7 de junho, Dia Mundial da Segurança dos Alimentos.

O objetivo da ação foi orientar os consumidores sobre o tema, ensinando-os a identificar produtos registrados e bem armazenados. Além disso, os profissionais compartilharam informações sobre como ler os rótulos corretamente para uma alimentação segura.

Gerente de Alimentos da Vigilância Sanitária em Saúde do DF, Dilian Silva destaca que a iniciativa é uma oportunidade de apresentar à população o trabalho de vigilância. “Não é só fiscalização, também é educativo. É importante para as pessoas entenderem que as normas não são apenas formalidades, mas instrumentos para garantir que o consumidor tenha acesso a uma alimentação mais segura e saudável”, explica.

Durante a atividade, realizada em dois supermercados do Guará, os participantes aprenderam a ler e a entender os rótulos dos alimentos, algo que é fundamental, porém, ainda pouco compreendido. “Isso ajuda a fazer melhores escolhas de alimentos. A ideia é, sempre que possível, preferir aqueles in natura ou com baixo grau de processamento”, orienta a gerente. “Se for consumir ultraprocessados, a dica é escolher aqueles com menores quantidades de açúcar, gordura e sódio.”

A iniciativa foi aprovada pelos consumidores que participaram da ação. Depois de receber orientações, o aposentado Mário Ishida contou o que aprendeu. “Eu entendi o que é um produto fracionado e o que vem de fábrica, além de quais são as especificações que temos de observar no rótulo. Isso dá mais segurança para comprar o produto”, avaliou.

Parceria de sucesso

A inspeção sanitária dos estabelecimentos que processam produtos de origem vegetal e animal é um dos propósitos da Seagri, parceira na ação. “É aí que entra o trabalho da inspeção, da fiscalização e das análises laboratoriais para constatar se esses ingredientes são utilizados da forma correta para não causar mal à saúde do consumidor”, resume o diretor de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova), Marco Antônio Martins.

O diretor-geral do Procon-DF, Marcelo Nascimento, ressaltou ainda a união dos órgãos envolvidos. “Temos uma parceria bastante afinada com a Seagri e com a Vigilância Sanitária [da SES], até porque nossas competências têm uma transversalidade grande no tema de alimentos.” Para ele, a presença do GDF de forma integrada mostra a força do Estado.

Alimento seguro

Um alimento seguro é aquele que não apresenta riscos ao consumo e não causa danos à saúde do consumidor, segundo os Princípios Gerais de Higiene Alimentar do Codex Alimentarius da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Para ser considerado seguro, o alimento precisa passar por controle em todas as etapas de produção, manipulação, armazenamento, embalagem, transporte e venda.

Para isso, as boas práticas de fabricação devem ser seguidas rigorosamente, a fim de controlar os riscos e manter os altos padrões de qualidade. Tanto os fatores intrínsecos (inerentes ao próprio alimento) quanto os fatores extrínsecos (relacionados ao ambiente) devem ser considerados.

Mas, como garantir o consumo de alimentos seguros? É importante ficar atento às características do produto. Por exemplo, data de validade, aparência e selo de inspeção. Além disso, é recomendado sempre analisar a lista de ingredientes e a rotulagem.

Data educativa
Criada por resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2018, a campanha do Dia Mundial da Segurança dos Alimentos (7 de junho) tem o objetivo de prevenir, detectar e gerenciar riscos de origem alimentar. Neste ano, o tema definido pela Opas é “Os padrões alimentares salvam vidas”.

*Com informações da Seagri-DF