Candangolândia avalia 600 crianças na busca da hanseníase
Candangolândia avalia 600 crianças na busca da hanseníase
Arielce Haine, da Agência Saúde DF

25 casos são suspeitos e passarão por exame clínico
Cerca de 600 crianças, entre nove e 14 anos, das escolas de ensino fundamental Júlia Kubitschek , na Candangolândia, e CAUB 1, no Riacho Fundo II, participam da campanha para detecção da hanseníase e da geohelmintiase (que causa o chamado bicho de pé, lombriga etc), desde o dia 26 de maio.
Inicialmente os profissionais da Diretoria de Atenção à Saúde (DAS) da Coordenação Geral de Saúde conversaram com os pais e professores explicando a importância da campanha e pediram a colaboração dos alunos para o preenchimento de um questionário.
A partir das respostas obtidas foram selecionadas seis crianças na Candangolândia e 19 no Caub 1 que apresentaram manchas suspeitas para serem consultadas pelo diretor de Assistência à Saúde, Eugênio Reis, que é médico dermatologista. Além dos portadores de manchas, também serão examinadas crianças que disseram ter contato com pessoa que tem hanseníase.
Segundo a enfermeira Raquel Ferraz, gerente de Políticas e Programas de Saúde da Regional Núcleo Bandeirante, que também engloba as cidades da Candangolândia, Riacho Fundo e Park Way, a adesão dos alunos e suas famílias foi muito satisfatória e mostra que as pessoas estão dispostas a colaborar com a prevenção dessas doenças. Prova disso é que as crianças que foram detectadas com a Geohelmintiase foram medicadas na semana passada”, acrescenta.
As consultas com o médico dermatologista prosseguem durante essa semana, na Vigilância Epidemiológica da Coordenação de Saúde e quem tiver o diagnóstico confirmado iniciará o tratamento da Hanseníase imediatamente.
Para Eugênio Reis, “a campanha é uma ótima oportunidade para detecção de novos casos porque as crianças são desprovidas de preconceitos que muitas vezes podem atrapalhar o diagnóstico da hanseníase, uma doença que ainda é cercada de tabu”, avalia.