DF fará plano para atingir meta de redução de Aids
DF fará plano para atingir meta de redução de Aids

Em 2015, 1,2 mil novos casos da doença foram diagnosticados na capital federal
BRASÍLIA (10/2/16) – Um novo plano de trabalho será elaborado pela Secretaria de Saúde para reduzir os casos de AIDS/HIV no Distrito Federal. A discussão foi levantada nesta quarta-feira (10), após reunião que marca o início dos trabalhos para cumprimento das metas pactuadas na Declaração de Paris, do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), assinada pelo Governo de Brasília em dezembro de 2015.
O documento, aderido por diversos países e, no Brasil, por 21 cidades, prevê o alcance das metas 90-90-90 do Unaids, que significa diagnosticar pelo menos 90% das pessoas que vivem com a doença; 90% delas recebendo tratamento antirretroviral; e 90% de quem está em tratamento antirretroviral com carga viral indetectável, ou seja, com menor risco de transmissão do HIV para outras pessoas.
"As pessoas sabem que o tratamento existe e, por isso, estão menos preocupadas com a transmissão do vírus. Mas a Aids ainda mata a longo prazo, e a doença não tem cura. Por isso, é importante fazer um forte trabalho de enfrentamento à doença", alertou a diretora da Unaids, Geogiana Braga-Orillard. "Nós vamos oferecer o apoio necessário para fazer esse trabalho. Essa é uma questão grave e precisamos unir esforços", respondeu o secretário de Saúde, Fábio Gondim.
AÇÕES - No plano que será elaborado, uma das primeiras ações que deverá ser tomada pela Secretaria de Saúde será a indicação de servidores para serem capacitados pelo Ministério da Saúde para acessar os bancos de dados que fornecerão as informações necessárias para medir os índices 90-90-90.
"Hoje, 27 dias após a infecção, os testes já identificam que a pessoa está com a doença. Uma pessoa que inicia o tratamento de forma mais rápida, leva mais tempo para desenvolver a doença, por isso, temos que ampliar a testagem para toda a rede", complementou o gerente de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), da Secretaria de Saúde, Sérgio Dávila.
DADOS – No mundo inteiro, estima-se que cerca de 36,9 milhões de pessoas tenham a doença, mas 17 milhões não sabem. Em um recorte no Brasil, o número estimado é de 56 mil pessoas e, no Distrito Federal, cerca de 10 mil, sendo que só em 2015 foram diagnosticados 1,2 mil novos casos.