DF ganha oficinas criativas em Centros de Atenção Psicossocial
DF ganha oficinas criativas em Centros de Atenção Psicossocial
Parceria entre Secretaria de Saúde e Fiocruz, projeto Libertarte terá iniciativas artísticas, culturais e de geração de renda, com apoio de profissionais das áreas
Yuri Freitas, da Agência Saúde-DF | Edição: Agência Saúde-DF
Em breve, os 18 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) espalhados pelo Distrito Federal terão oficinas criativas aos pacientes. Os detalhes para definir a implementação do projeto Libertarte em cada unidade foram debatidos na última sexta-feira (30) por gestores e profissionais selecionados.
À frente da Subsecretaria de Saúde Mental da Secretaria de Saúde (SES-DF), Fernanda Falcomer ressalta a aliança intersetorial na qualificação do serviço ofertado à população. “Esse programa trabalhará o eixo da economia solidária, da geração de renda e da inclusão social dos usuários dos Caps. Nossa intenção é que o projeto seja implementado em toda a rede distrital”, diz.

Projeto
Parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília e a SES-DF, a iniciativa irá contar com o trabalho de oficineiros dedicados a atividades artísticas e de produção. Esses profissionais serão responsáveis por colocar em prática as oficinas de arte, cultura e geração de renda, além de qualificar e ampliar o que já é realizado nos centros.
O Libertarte irá contemplar as áreas de artesanato, música, horta, crochê e pintura. As oficinas terão a duração de quatro meses - de junho a outubro -, período no qual um ou mais servidores dos próprios Caps irão se habilitar para manter as atividades em funcionamento após o término da iniciativa.
O material para os grupos será fornecido pelo projeto, incentivando a continuidade das atividades de capacitação dos usuários dos Caps.
Inclusão
Para o coordenador do Núcleo de Educação Popular, Cuidado e Participação em Saúde (Angicos) da Fiocruz, Osvaldo Bonetti, o projeto Libertarte se insere em um contexto mais amplo de luta antimanicomial e reforma psiquiátrica no País.
“Estamos realizando ações de educação popular em saúde, trazendo a dimensão da arte para o cuidado do usuário do Caps, desenvolvendo oficinas de práticas culturais que acolham os pacientes e seus familiares. Os componentes, diretrizes e princípios da educação popular dialogam sobremaneira com os princípios da reforma psiquiátrica", afirma Bonetti.
A diretora executiva da Escola de Governo da Fiocruz, Luciana Sepúlveda, reitera a análise: “Existe toda uma linha de trabalho na interface da saúde com a cultura e a arte. Em uma perspectiva civilizatória do momento atual, nunca foi tão necessária a abertura intersetorial e intercultural, em que arte e educação convergem para a promoção da saúde."