01/04/2016 às 20h40

DF tem cerca de 13 mil pessoas com autismo

Tratamento terapêutico na rede pública tem como referência o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógico (Compp)

BRASÍLIA (1/4/16) – Todo ano, o dia 2 de abril é dedicado, mundialmente, à conscientização sobre o autismo. No Brasil, estima-se que 2 milhões de pessoas tenham o transtorno, sendo 13 mil residentes no Distrito Federal. Os dados são da Associação Brasíleira de Autismo que ressalta que no Brasil não há dados oficiais . As características da doença, que incluem fobias, agressividade, dificuldades de aprendizagem e de relacionamento, podem ser identificadas no paciente ainda bebê.

"Os pais e os pediatras podem perceber alguns sinais precoces do autismo nos bebês. A criança que não busca o sinal sonoro, que não fixa a fonte, que é muito quietinha e não chora por nada, já acende um alerta", explica a neuropediatra e superintendente da Região Centro-Sul de Saúde, Denize Bomfim.

Uma vez identificado algum transtorno, pelo pediatra, o paciente é encaminhado para um neuropediatra. Segundo Denize Bomfim, a rede pública de saúde do DF conta com profissionais no Hospital da Criança, Hmib e hospitais regionais do Paranoá, Taguatinga e Ceilândia.

ACOMPANHAMENTO – O autismo não tem tratamento medicamentoso, mas sim, um acompanhamento terapêutico. Na rede pública do DF, o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógico (Compp) é referência, com atendimento multiprofissional.

"Temos encaminhado alguns pacientes para os Centro de Reabilitação II (CER II), na Policlínica de Taguatinga e no Ceal, que têm tratamento semelhante ao nosso", diz a diretora do Compp, Simone Guimarães. Além desses três locais, ainda tem atendimento no Hospital da Criança, no Núcleo de Atendimento do Terapêutico do Hospital Materno Infantil de Brasília e nos Capsi da Asa Norte, Sobradinho e Recanto das Emas.

Segundo a diretora, nem todo paciente precisa de acompanhamento a vida inteira. "O que fazemos é preparar a criança e a família para a sociedade, de modo que eles consigam levar uma vida normal", explica.

DATA - Para celebrar a data, o Compp promoveu um dia de festa, no último dia 30, quando também foram comemorados os 18 anos da unidade que, além de atender autistas, recebe crianças e adolescentes de até 18 anos com sofrimento psíquico severo, neuroses graves, outros transtornos e fobias.