15/08/2013 às 17h46

Dose individualizada gera economia de R$ 45 milhões

Farmácias de 10 hospitais já tem o sistema


A implantação da dose individualizada de medicamentos para pacientes internados na rede pública de Saúde do DF gerou uma economia que varia de 25% a 50%. Cada clínica recebe a quantidade certa de medicamentos para cada interno, o que evita desperdício.

De acordo com Anna Heliza Giomo, da Diretoria de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde do DF (DIASF/SES), em setembro do ano passado a diretoria recebeu R$ 151.162.000,00 para o Programa Aquisição de Medicamentos para Assistência à Saúde Pública-DF. Como a economia média com a dose individualizada é de 30%, a SES economizou cerca de R$ 45 milhões.

Para Anna, O sistema de dose individualizada “é mais racional, efetivo e financeiramente mais vantajoso, se comparado ao sistema coletivo, por permitir maior controle dos medicamentos distribuídos, menos desvios e perdas de medicamentos”, concluiu.

Além das vantagens financeiras, o sistema de dose individualizada, como explica ela, permite a revisão das prescrições médicas pelos farmacêuticos e a identificação das necessidades de adequação na terapia medicamentosa, o que beneficia diretamente os pacientes.
O sistema, de acordo com a DIASF, começou a ser implantado efetivamente em 2011, graças ao apoio da atual gestão à Assistência Farmacêutica, que deve concluir totalmente a distribuição individualizada em todas as clínicas de todos os hospitais, até 2015.

Todos os medicamentos administrados aos pacientes em leitos hospitalares da rede pública de saúde podem ser passíveis de dose individualizada: comprimidos, cápsulas, cremes, pomadas, soluções e suspensões orais, injetáveis, dentre outros.

A Dose Individualizada, explica Anna Heliza, atende aos pacientes internados nos leitos hospitalares e as doses são preparadas na farmácia, para cada paciente, de acordo com a prescrição médica revisada por farmacêuticos.

Os kits de medicamentos são distribuídos aos setores identificados com nome do paciente e número do leito, em quantidade suficiente para atender por um período de 12 ou 24 horas.

Segundo a DIASF, o farmacêutico, ao revisar a prescrição pode acionar o médico para adequar o tratamento, caso seja necessário, diminuindo assim o risco de erros relacionados aos medicamentos.

Hospital de Base – No HBDF o sistema de dose individualizada foi implantado em todas as clínicas das enfermarias dos 11 andares de internação, o que segundo o Programa de Qualidade e Segurança , gerou maior controle das dosagens, reduziu extravios , trazendo economia.

Luciene Torquato