Equipe do Hran recebe prêmio no Congresso Brasileiro de Queimaduras
Equipe do Hran recebe prêmio no Congresso Brasileiro de Queimaduras
Equipe foi premiada por usar método para rastrear eventos adversos - foto: Divulgação/XI CBQGlobal Trigger ToolGlobal Trigger ToolGlobal TriggerGlobal Trigger Tool TEXTO: Leandro Cipriano, da Agência Saúde

para rastrear os eventos adversos em uma unidade de terapia de queimados”. O método é baseado em iniciativas internacionais relacionadas à segurança do paciente. Proposto pelo Institute for Healthcare Improvement (IHI), tem como base a coleta de dados para rastrear a ocorrência de eventos adversos nos serviços e evitar, por exemplo, desde acidentes até complicações com os pacientes. “É uma honra receber o prêmio no Congresso Brasileiro de Queimaduras, um evento nacional que tem porte internacional, com especialistas do mundo inteiro. Somos um dos primeiros serviços para queimados que implementa o ”, afirma José Adorno, médico da unidade de queimados do Hran e um dos autores do projeto. ESTUDO – Utilizando a metodologia, um estudo foi realizado na Unidade de Terapia de Queimados (UTQ) do Hran. A amostra foi constituída de 162 prontuários de pacientes que tiveram alta da UTQ entre agosto de 2016 a dezembro de 2017. Com esses dados, o Núcleo de Qualidade e Segurança do hospital identificou a incidência de eventos adversos com as medicações utilizadas pelos pacientes queimados e, com isso, melhorou os serviços prestados. “Mensurar eventos adversos, fazendo uma revisão de prontruários, é uma ferramenta de grande utilidade, pensando na segurança do paciente. Porém, é necessário adaptá-la para o perfil do paciente queimado”, explica Adorno. Para isso, a equipe de captação de informações contou com o auxílio de multiprofissionais de várias áreas, como farmácia e biologia. Os integrantes estavam aptos a identificar os gatilhos definidos para causar possíveis adversidades e, a partir disso, a médica responsável investigou a ocorrência de eventos adversos ou não. “Isso qualifica a assistência hospitalar, evitando danos ou eventos adversos ao paciente, integra a equipe multidisciplinar intersetorial, pois envolveu duas unidades assistenciais [queimados e patologia clínica], melhora a comunicação efetiva, que é uma das metas internacionais de qualidade e segurança do paciente e, essencialmente, diminui o custo na assistência hospitalar”, comenta Adorno. Também fazem parte da equipe premiada as médicas Moema Campos e Ana Patrícia de Paula, superintendentes das regiões de Saúde Centro-Sul e Central, respectivamente; a bióloga Janine Araújo Montefusco, a farmacêutica Ana Katarina e a enfermeira Renata Ferreira, além do cirurgião Mário Frattini, chefe da UTQ. PACIENTE SEGURO – A utilização do integra o Projeto Paciente Seguro, do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Insterinstitucional do Sistema Único de Saúde (Proadi), do Ministério da Saúde, que o Hran vem desenvolvendo há dois anos para implementar as Metas Internacionais de Segurança na atenção hospitalar.