Hemocentro necessita de novos doadores de medula óssea
Hemocentro necessita de novos doadores de medula óssea
No DF, Hemocentro lançou ação para atrair doadores de medula ósseaHumberto Viana, da Agência SaúdeFoto: Brito/Arquivo-SES

Desde o dia 14 e até o dia 21 de dezembro, organizações públicas e privadas estão fazendo ações para a promoção e conscientização sobre a doação e o transplante de medula óssea. Trata-se de um esforço para a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, criada para estimular o número de doadores do Redome, o Registro Nacional de Doadores Voluntários.
O Redome reúne informações de pessoas dispostas a doar medula para quem precisa de transplante, um dos procedimentos que podem ajudar pacientes com leucemia, linfoma e outras doenças hematológicas.
No Distrito Federal, a instituição responsável pela mobilização é a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), que lançou a campanha "Você pode ser a esperança", uma ação nas redes sociais que pretende atrair mais voluntários e, principalmente, despertar aqueles que já fizeram seus cadastros.
“Nossa campanha tem um sentido de vigilância, uma vez que o doador de medula não é um doador comum”, explica o gerente de procedimentos especiais do FHB, Dr. Jefferson Dias Brito. “Quem é voluntário do cadastro do Redome pode ser chamado a qualquer instante e deve ficar sempre em alerta sobre a atualização dos seus dados”, complementa.
Segundo o especialista, quem faz parte do cadastro deve ter uma postura ativa, uma vez que o doador pode levar anos para ser chamado. “Cabe ao doador tomar a iniciativa de informar qualquer mudança de endereço ou número de telefone”, diz.
Atrair novos voluntários também é fundamental. Segundo o gerente, o Distrito Federal possui 40 mil doadores cadastrados no Redome. Ao todo, o cadastro reúne 4.729.211 pessoas, um dos maiores quantitativos de doadores de medula do mundo.
Apesar dos números superlativos, o cadastro ainda não é suficiente para dar tranquilidade àqueles que aguardam um doador. Por ser um país com uma população muito miscigenada, o Brasil tem grande dificuldade em encontrar compatibilidade de medulas.
“Quanto mais misturada é uma população, mais difícil é encontrar uma um indivíduo compatível. Para se ter uma ideia, o doador ideal só é encontrado em 25% das famílias brasileiras. Ou seja, quando não há compatibilidade entre parentes, é preciso identificar um doador alternativo a partir dos registros de voluntários”, explica Brito. A chance de o paciente encontrar um doador compatível é de uma em cada 100 mil pessoas, em média.
SEJA UM DOADOR – Para ser um doador é necessário ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante.
O cadastro é feito no Hemocentro e basta apresentar um documento de identidade com foto. Não é preciso agendar o atendimento.
Uma amostra de sangue é retirada para fazer o exame que identifica as características genéticas do doador. Essas informações são constantemente cruzadas com os dados de pacientes do Brasil e do mundo que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade.
O atendimento no Hemocentro é de segunda a sábado, das 7h às 18h. Fique atento para a mudança nos horários durante o Natal e o Ano-Novo. O Hemocentro está localizado Setor Médico Hospitalar Norte, Quadra 03, Conjunto A, Bloco 03 (Asa Norte).