HRL inova no contato pele a pele entre pais e recém-nascidos
HRL inova no contato pele a pele entre pais e recém-nascidos
Na unidade, o contato foi adotado após cesarianas e incluiu o pai Nivania Ramos, da Agência SaúdeFotos: Divulgação
“A enfermeira perguntou se eu gostaria de fazer, me deu as instruções e colocou a minha filha sobre o meu peito. Eu sabia do quanto o contato pele a pele é importante. Antes, o objetivo seria ter um parto natural, mas infelizmente se desenvolveu para a cesárea e foi de extrema importância e muito emocionante aquele momento. Ficará guardado em minha memória e será algo que irei compartilhar com minha filha. Tenho certeza que ela também terá orgulho”, destaca Pedro Henrique Soares (27), protagonista dessa experiência com a pequena Júlia.
O fato de que os pais possam pegar seus pequeninos nos braços, pele a pele, implica muitos benefícios, imediatos e a longo prazo para ambos. Além de fortalecer o vínculo emocional entre pai e filho, os homens associam uma sensação positiva ao fato de interagirem com seus bebês.
“Acredito que os pais, em si, não sabem do significado e a necessidade deste momento. Tenho certeza que eles gostariam de participar se soubessem o quão bom é para o filho e para ele mesmo”, afirma Pedro Henrique.
BENEFÍCIOS - Com a mãe, o contato pele a pele imediatamente após o parto é uma prática que ajuda na adaptação do recém-nascido à vida fora do útero, facilita o aleitamento materno e traz benefícios como o controle da temperatura corporal da criança e o vínculo entre mãe-filho. A prática já acontece em 100% dos partos normais do hospital, desde que a mãe queira e possa fazer. Nos casos que evoluem para cesariana, a técnica está sendo implantada há um ano e vem obtendo muito retorno.Com a família da Helena, que nasceu em 10 de dezembro, o contato pele a pele foi realizado com a mãe, que deu à luz após um parto cesariano. A dona de casa, Júlia Souto Severo (17 anos), ficou com receios, mas logo percebeu o quanto foi importante para o vínculo familiar.
“Eu me emocionei, comecei a chorar. Pegou fácil o peito. Olhei para a carinha dela e senti o cheirinho. Recomendaria para todas as mães, é muito bom”, pontuou.
“A prática aumenta o vínculo da mãe com o bebê, evitando hipotermia e aumenta o índice de amamentação na primeira hora de vida. Valoriza ainda mais a relação familiar. O ideal é a mãe, mas o pai também pode reforçar este vínculo”, destaca a médica ginecologista do HRL, Luciana Segurado Cortes.
ASSISTÊNCIA – O HRL vem realizando e aprimorando ações que fortaleçam, ainda mais, a adoção de práticas facilitadoras da amamentação na maternidade. “A equipe está sendo treinada para essa assistência, aumentando o vínculo com as famílias”, destaca a superintendente da Região de Saúde Leste, Raquel Bevilaqua.
O hospital criou o comitê que está à frente das boas práticas, elaborando cursos, mídias de divulgação e vem reavaliando as políticas em relação à saúde materna e infantil, sala de parto e amamentação. As iniciativas visam à implantação do Hospital Amigo da Criança, uma promoção da Organização Mundial da Saúde em conjunto com o Fundo das Nações Unidas.