24/02/2024 às 12h59

ICTDF forma 30 residentes médicos, enfermeiros e de complementação especializada

Em solenidade, a Secretaria de Saúde reforçou a parceria entre as instituições na formação de novos profissionais.

Larissa Lustoza, da Agência Saúde-DF

Na noite de sexta-feira (23), o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) formou 30 novos residentes, entre médicos, enfermeiros e profissionais do programa de complementação especializada. Durante o evento, representando a Secretaria de Saúde (SES-DF), a subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Lara Correa, ressaltou a importância da parceria e dos profissionais no ato de salvar vidas.

“Essa formação materializa nossa relação e a necessidade desse trabalho conjunto. Aos formandos, peço que lembrem que quando somos pacientes não esquecemos os nossos médicos, por isso vocês devem transmitir o melhor,”, enfatizou a subsecretária.

Contrato com o instituto foi firmado em 2022 junto à Secretaria de Saúde, no valor de R$186 milhões, para a realização de atendimentos cardiológicos a usuários do SUS. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Em 2022, a SES-DF firmou um contrato de R$186 milhões com o ICTDF para realizar atendimentos cardiológicos. O documento tem validade inicial de dois anos, prorrogável por mais três. Isso já permitiu a realização de mais de 7,5 mil consultas e quase 14 mil exames, tanto em situações de emergência quanto de pacientes encaminhados, via Central de Regulação. A assistência também engloba o público infantil, inclusive cirurgias cardíacas de alta complexidade – sendo mais de cem realizadas só no ano passado.

Esse movimento permitiu agilizar os atendimentos na rede e reduzir o tempo de espera por cirurgias cardíacas. Atualmente são cerca de 80 por mês, sendo 20 realizadas no Hospital de Base e 60 no instituto.

O primeiro interventor do Grupo de trabalho de Intervenção do ICTDF, Rodrigo Conti, destacou a importância da contratação para os usuários do sistema de saúde no DF e em âmbito nacional. “O instituto realiza atendimentos de altíssima complexidade, como cirurgia cardíaca adulto e infantil e transplantes de coração e fígado”, explicou. “Atualmente, temos sete programas de residência e o total de 119 especialistas formados, um número que se destaca não só pela quantidade, mas pela qualidade de ensino”, complementou.

Escolha

Ao relembrar a trajetória dos formandos durante a solenidade, a coordenadora da Comissão de Residência Multiprofissional (Coremu), Klícia Matioli, refletiu sobre os obstáculos enfrentados: “Existem muitas lutas, noites em claro, plantões intermináveis, pacientes que não respondem ao tratamento, muitas dores e muitas lágrimas. Não é fácil, não foi fácil e é sempre muito desafiador.”

Coordenador da Comissão de Residência Médica (Coreme) e supervisor do Programa de Residência Médica em Cardiologia, Guilherme Urpia Monte também lembrou sobre os desafios inerentes aos estudos da profissão. “Hoje é motivo de celebrar a escolha que fizeram.”

Novos residentes

Foram 15 formandos de residência em cardiologia e três em enfermagem. Além deles, também tiveram formandos em: hemodinâmica (1), cirurgia (1), ecocardiografia (1), medicina intensiva (1), Transplante de Medula Óssea (1).

Ser especialista do coração é sonho antigo da recém-formada Sarah Iris Barbosa Marangoni, 28. A escolha de realizar o residência no ICTDF veio naturalmente. A residência foi, para a médica, um período não somente de aprendizado teórico e prático, mas também de amadurecimento “Quando o assunto é residência, não vêm só os momentos dedicados, mas o crescimento pessoal. Vejo em cada formando uma evolução da postura”, declarou.

"Na residência há também muito crescimento pessoal”, avaliou a recém-formada Sarah Marangone. Foto: Agência Saúde-DF

Para o enfermeiro e residente de Enfermagem em Cardiologia e Hemodinâmica, Victor Cunha De Souza, 26, realizar o programa foi de especial importância, principalmente para se sobressair no mercado de trabalho. ”Atualmente é preciso um enfermeiro se destacar e se mostrar bastante competente. A residência é o caminho ideal para alcançar essa qualificação”, argumentou.

No programa de complementação especializada, os formandos foram das áreas de: hemodinâmica (1), cardiologia pediátrica (1), ecocardiografia (1) e terapia intensiva pediátrica (4).