05/12/2019 às 08h52

Jovens atendidos pelo Cepav Girassol visitam Espaço Cultural Renato Russo

Passeio é parte das atividades com adolescentes vítimas de violência

  Um grupo de adolescentes atendidos pelo Centro de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav) Girassol, no Paranoá, fez um passeio cultural, nesta quarta-feira (4), como encerramento das atividades de 2019. O local escolhido foi o Espaço Cultural Renato Russo.   Pelo espaço, as jovens com idades entre 12 e 15 anos viram uma exposição de quadros e puderam até pintar suas próprias obras, que serão expostas em evento no próximo fim de semana. Também assistiram a um ensaio de uma peça em um dos teatros do centro cultural e depois, a um vídeo, falando sobre o tombamento da quadra onde o Espaço Cultural Renato Russo está localizado.   No final do rolê cultural, como chamaram a saída, as meninas alimentaram os peixes e, pelo visto, foi a parte do passeio em que elas mais se divertiram. “Achei muito bom vir ao passeio, ver as coisas e alimentar os peixes. Eu nunca tinha ido a um lugar de arte e cultura”, disse uma delas, J.S, de 12 anos. A amiga, C.C, de 14 anos, também gostou. “Foi bom para tirar a cabeça do foco dos nosso problemas”.   Segundo a assistente social do Cepav Girassol, Fernanda Santos, o passeio é parte do trabalho que vem sendo desenvolvido com os jovens naquela unidade. “Hoje, de uma forma diferente, por meio do acesso à arte e cultura, distinto do cotidiano. Vislumbramos promover a inclusão social, a cidadania, a autonomia como parte do processo de reabilitação psicossocial desses adolescentes”, detalha.   ATENDIMENTO – Os adolescentes são apenas parte do grupo de pessoas atendidas pelo Cepav Girassol, um total de 38 acompanhados no momento. Mensalmente, 260 atendimentos são feitos, individual ou em grupo, para crianças, adolescentes, mulheres e responsáveis pelos jovens.   “No caso do grupo de adolescentes, buscamos o restabelecimento da proteção integral do paciente, diminuição dos fatores de risco, resiliência, restabelecimento da saúde física e mental”, ressalta Fernanda. Para isso, usam estratégias de enfrentamento para lidar com alguns sentimentos comuns decorrentes das situações de violência como, raiva, tristeza, medo, culpa e nojo. “Além disso, trabalhamos auto estima, sexualidade  e projeto de futuro. Temos como desafio interromper o ciclo de violência por meio de um trabalho realizado em rede junto aos demais órgãos que compõem a rede de proteção”, complementa.   Fernanda diz, ainda, que trabalham junto aos familiares dos adolescentes. “Entendemos que eles são parte fundamental nesse processo de reabilitação psicossocial junto aos filhos no que se refere a orientações sobre fatores de proteção, disciplina positiva e comunicação não violenta”, destaca.   Alline Martins, da Agência Saúde Fotos: Divulgação/Saúde-DF