Rede pública oferece tratamento para Eczema
Rede pública oferece tratamento para Eczema
Por Ana Luiza Greca, da Agência Saúde DFAtendimento à Imprensa(61) 3348-2547/2539 e 9862-9226

Doença de pele afeta principalmente crianças com até um ano de idade
Doença dermatológica que afeta 15 a 20% da população mundial, o Eczema, é mais comum em crianças até o primeiro ano de vida e requer cuidados para controlar os sintomas. A enfermidade pode ser tratada no Hospital Regional da Asa Norte, Hospital Materno Infantil de Brasília, policlínica de Taguatinga e Hospital da Criança.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia, o Eczema atópico é uma doença de pele ocasionada por predisposição genética, que pode ser agravada por ambientes não higienizados e pela introdução de alimentos como o leite, ovo e trigo.
O Eczema caracteriza-se por quadro inflamatório com presença de erupções que coçam e escamam. Em crianças, os sintomas aparecem principalmente no couro cabeludo, face, pernas e braços comprometendo a qualidade de vida, especialmente por interferirem com o sono e pela aparência da pele.
Samara Nunes de Souza, 24 anos, moradora de Ceilândia levou a filha Giovana ao Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) para a primeira consulta com um alergista. Desde o primeiro ano de vida, a menina foi diagnosticada com Eczema atópico leve e apresenta quadros de crises principalmente no período da seca. “Ela reclama muito da coceira. Noto que quando a poeira e o tempo seco pioram os sintomas”, relata Samara.
Segundo a alergista Márcia Salazar, a aparência da pele cria um estigma social e dificulta o processo de socialização da criança além de prejudicar a qualidade do sono. “Uma criança que não dorme bem e passa a noite se coçando, ficará sonolenta, cansada no dia seguinte e com mau humor. A criança geralmente é mais tímida porque acaba sendo taxada de perebenta pelos amigos”, explica a alergista.
O diagnóstico do Eczema é feito por meio da observação da aparência da pele e na pesquisa do histórico familiar do paciente. O médico examina as lesões para descartar outras causas possíveis e realiza testes de alergia na pele.
A doença, apesar de ser crônica, pode ser controlada com tratamento adequado e administração de antialérgicos para diminuir a coceira e medicamentos tópicos para controlar a inflamação. Também é importante manter a pele bem hidratada. “Dar continuidade ao tratamento é fundamental para o controle da doença e fazer com que a crianças tenha vida normal”, conclui Márcia.