Unidade Básica de Saúde 2 de Águas Claras inaugura horto agroflorestal
Unidade Básica de Saúde 2 de Águas Claras inaugura horto agroflorestal
Espaço incentiva o uso de plantas medicinais e promove a participação comunitária; DF já conta com 29 unidades
Karinne Viana, da Agência Saúde-DF | Edição: Fabyanne Nabofarzan
Cuidar da saúde também pode significar colocar as mãos na terra. Agora, os pacientes da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 de Águas Claras podem contar com um espaço cheio de vida, cores e aromas naturais. A unidade inaugurou, nesta quarta-feira (12), seu Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (Hamb), um espaço voltado ao cultivo de plantas medicinais e Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs). A iniciativa faz parte da Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (RHAMB), fruto da parceria entre a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília.
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Sendo o terceiro espaço criado na Região de Saúde Sudoeste, que engloba Águas Claras, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires, o horto também beneficiará os usuários da UBS 1 de Águas Claras, promovendo ações de promoção, prevenção e cuidado em saúde na Atenção Primária à Saúde (APS) por meio do plantio e cuidado das plantas. Entre as espécies cultivadas estão graviola, limão, romã, acerola, lavanda, alecrim, manjericão, orégano e tomilho, além de hortaliças e árvores nativas do Cerrado.
Para o diretor regional de Atenção Primária à Saúde da Região Sudoeste, Bruno Assis, a iniciativa fortalece o vínculo entre a comunidade e o sistema de saúde. “Esse horto é uma estratégia valiosa. Além de promover saúde, o projeto fortalece os laços entre os usuários e a UBS, pois eles próprios serão responsáveis por plantar, colher e manter o espaço”, explicou.
A gerente das UBSs 1 e 2 de Águas Claras, Anita Babi, ressaltou a importância do projeto. “O horto é um marco para a unidade e para a população. Ele ampliará ações comunitárias e os pacientes aprenderão a cultivar e utilizar as plantas. Além disso, a participação ativa no plantio e na colheita contribui para a saúde mental e o bem-estar, ajudando a reduzir ansiedade e depressão”, afirmou.
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Sustentabilidade e promoção da saúde
Os hortos agroflorestais também contribuem para a sustentabilidade e o fornecimento de insumos farmacêuticos para as "Farmácias Vivas", garantindo alternativas naturais para diversos tratamentos. Eles também disponibilizam mudas e plantas medicinais de uso popular para os usuários.
Os benefícios vão além do cultivo. O espaço também se torna um ponto de encontro, onde a comunidade fortalece laços e resgata o senso de coletividade. “O horto não é apenas um local verde dentro da unidade. Ele é um ambiente de convivência, onde se cultivam relações, amizade e respeito. Quando as pessoas cuidam da terra juntas, fortalecem laços e promovem um senso de pertencimento”, destacou o gerente de Práticas Integrativas em Saúde da SES-DF, Marcos Trajano.
A novidade foi recebida com entusiasmo pela população. A pedagoga Lídia Leal, 58, comemorou a iniciativa. “Isso é maravilhoso! O plantio e a colheita são terapêuticos, fazem bem para o corpo e para a mente. Foi uma ideia incrível e eu quero participar sempre que puder”, disse. Com essa inauguração, a SES-DF passa a contar com 29 hortos agroflorestais na rede pública.