Votação do projeto que regula jornada de 18 horas na Saúde está prevista para hoje
Votação do projeto que regula jornada de 18 horas na Saúde está prevista para hoje
TEXTO: Leandro Cipriano, da Agência Saúde
Após negociação, projeto deverá ser votado nesta quinta (19). Foto: Mariana Raphael

RESPOSTA – Humberto Fonseca destacou que o projeto foi elaborado para ser simples, com respaldo da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seglap) e da Procuraria-Geral do Distrito Federal. “Basicamente, ele faz duas coisas. Primeiro, libera as 18 horas para todo mundo. Então os professores [da Escs] que hoje não conseguem trabalhar, se for cumprida a decisão do Tribunal de Contas, vão poder trabalhar”, informou. A segunda medida prevista no projeto, de acordo com o secretário, é criar uma alternativa às horas extras após a jornada ordinária de trabalho. “Ele mantém as horas extras com a mesma regulamentação atual, mas cria uma alternativa para permitir que tenhamos os 30% de carga horária que precisamos para manter as emergências abertas.” DECISÃO – A decisão 3926/2017 do TCDF trata, basicamente, de três pontos: veda a realização de jornada de 18 horas, permitindo que o servidor da Saúde faça, no máximo, 12 horas diárias de trabalho; permite a realização de apenas duas horas extras após a jornada ordinária de trabalho; e determina um intervalo de 11 horas entre uma jornada e outra, aumentando progressivamente na medida em que a jornada aumente. De acordo com a diretora-geral da Escs, Marise Biazoto, com a decisão do TCDF, as faculdades de medicina e enfermagem poderão ser fechadas devido à falta de professores, o que afetará diretamente mais de mil alunos. “Tenho 10 docentes, oito de medicina e dois da enfermagem, que são de 60 horas. Sexta-feira (20) eles terão que ser desligados. Então, já terei déficit porque na escala eles não poderão ficar. Os residentes vão ficar sozinhos”, lamentou. Em setembro do ano passado, o tribunal já havia determinado a suspensão de jornadas que somassem 18 horas consecutivas. Pedidos de reavaliação da decisão foram protocolados pelo Governo de Brasília, Sindicato dos Enfermeiros (Sindienfermeiros) e o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate), em uma ação conjunta. No entanto, o tribunal não acatou os recursos.