06/05/2016 às 19h00

HBDF adota procedimentos internacionais nas cirurgias

Objetivo é reduzir riscos de incidentes com pacientes

BRASÍLIA (6/5/16) - O Hospital de Base do Distrito Federal está implementando o protocolo internacional de segurança preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A campanha "O Desafio Global para a Segurança do Paciente: Cirurgias Seguras Salvam Vidas" estabelece uma série exigências a serem aplicadas pelos profissionais nos procedimentos cirúrgicos.

O principal objetivo é reduzir os riscos de incidentes com o paciente, diminuindo a probabilidade de infecções e complicações no transoperatório - compreende todos os momentos de antes, durante e depois da cirurgia-, promover um menor tempo de internação, contribuir para a redução de complicações pós cirúrgicos.

A Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica - uma espécie de check list a ser observado pelas equipes - engloba quesitos a serem respondidos antes da cirurgia. Antes da indução anestésica, por exemplo, é verificado se o paciente tem alergias e a qual substância e se a equipe está devidamente equipada para todos as eventuais ocorrências.

Antes do paciente sair da sala cirúrgica também são verificados procedimentos como tempo de medicação, equipamentos, biopsias especificadas, se há passos críticos na cirurgia e de quanto tempo, entre outros fatores.

O HBDF, que realiza uma média mensal de 800 cirurgias, já vem implantando desde 2012 uma série de procedimentos para garantir a segurança cirúrgica, mas ao adotar o protocolo internacional da OMS passa a ter o mesmo padrão de outras instituições que já aderiram ao documento.

"Em hospitais de excelência, a meta Cirurgia Segura já é colocada em prática. O método não traz custos, se relaciona mais à conduta profissional", esclarece Silvia de Mattos, chefe do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente do Hospital de Base.

DADOS - De acordo com a OMS são realizadas anualmente 234 milhões de cirurgia. Isso equivale a uma cirurgia para cada 25 pessoas.

As complicações após as cirurgias em pacientes internados acometem em até 25% dos pacientes. A mortalidade após cirurgias de grande porte é de 0,4% a 10%. Sete milhões de pessoas sofrem complicações cirúrgicas ao ano, e pelo menos metade dos eventos adversos são evitáveis.