Seminário avalia formas de prevenir e combater a influenza
Seminário avalia formas de prevenir e combater a influenza
Evento contou com a participação de diversos servidores da Secretaria de SaúdeSubsecretária de Vigilância à Saúde, Beatriz Ruy, apresentando ações para combater a InfluenzaAilane Silva, da Agência SaúdeFotos: Breno Esaki
A evolução das ações de combate à Influenza e as formas de prevenção foram o tema central do “Seminário Influenza: 100 anos de gripe espanhola no Brasil”, realizado no Hotel Grand Mercure Brasília, nesta quinta-feira (22).
O evento, promovido pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal em parceria com a empresa Sanofi Pasteur, contou com a participação de diversos servidores da pasta que atuam na área de imunização e epidemiologia, bem como representantes do Ministério da Saúde.
“Lembrar dos 100 anos da gripe espanhola é importante para tecer algumas reflexões, como o quanto melhoramos em políticas públicas para proteger a população de eventos como esse”, ressaltou o secretário adjunto de Assistência da Secretaria de Saúde, Marcos Quito, durante a abertura do seminário.
PREVENÇÃO – Para ele, também é importante que o sistema de saúde esteja sempre em alerta, de maneira estratégica, no sentido de organizar as ações para aperfeiçoar o sistema de trabalho frente a eventos de surtos de doenças.
“Foram, aproximadamente, 100 milhões de mortes causadas naquela época. Hoje, a influenza mata muito menos, mas não deixou de ser um problema de saúde pública. Se não promovermos a imunização e não adotarmos medidas de controle eficazes, o risco existe, como ocorreu em 2009, ano em que a Influenza se tornou uma pandemia novamente”, alertou Quito.
Durante o evento, a subsecretária de Vigilância à Saúde, Beatriz Ruy, apresentou um resumo das ações do sistema de vigilância sobre a influenza no Distrito Federal.
VIGILÂNCIA – Segundo Beatriz, o sistema de vigilância tem duas modalidades, sendo o primeiro chamado de Sentinela, que consiste em coletar amostras nos hospitais da rede pública e privada para identificar a circulação viral.
“A outra modalidade é o monitoramento das Síndromes Respiratórias Agudas Graves, para avaliar os pacientes internados em decorrência de algum quadro gripal. Fazemos o monitoramento do número de casos, óbitos e verificamos quais são os vírus circulantes”, destacou a subsecretária.
A gestora lembrou, ainda, da importância da imunização. “Em 2018, tivemos uma cobertura vacinal que atingiu 98% do público-alvo no DF, o que é muito importante”, finalizou.
A coordenadora geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, destacou que os estudos demonstram que essa vacina reduz em 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonia. “Além disso, diminui em 39% a 75% da mortalidade por complicações pela Influenza”, ressaltou.
HISTÓRIA – A gripe espanhola foi causada por um vírus do subtipo H1N1, que gerou uma pandemia. A doença provocou a morte de dezenas de milhares de pessoas devido à alta morbidade e letalidade, na segunda metade de 1918, último ano da Primeira Guerra Mundial.