Calor exige mais cuidado com a saúde
Calor exige mais cuidado com a saúde
Secretaria de Saúde alerta sobre os riscos e dá dicas para enfrentar o calorão
ÉRIKA BRAGANÇA
Chuva no Distrito Federal, só no domingo. Até lá, é clima de deserto. Sol de rachar, calor acima de 30 graus, temperatura abaixo dos 10%, um caldeirão. O que fazer para enfrentar o calorão? Antes de tudo, a Secretaria de Saúde recomenda cultivar hábitos saudáveis e não descuidar da saúde. Cuidados que devem ser constantes e diários.
Mas o alerta maior vai para os que têm problemas cardiovasculares. É que esse tempo quente e seco dificulta a circulação do sangue. Então, muito cuidado com o coração!
Os cuidados também devem ser redobrados para quem tem problemas respiratórios, como asma, rInite ou sinusite. O calor provoca crises, irrita a pele, inflama garganta, olhos, faringe, laringe. O nariz resseca. E nariz ressecado dificulta a respiração e facilita a entrada de vírus e bactérias.
Com a temperatura próxima aos 40 graus, hidratar é fundamental. E isso vale para todos, especialmente para crianças e idosos. “A hidratação é essencial para manter o bom funcionamento do corpo”, alerta Paulo Feitosa, médico e pneumologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Feitosa recomenda beber água constantemente para manter o corpo hidratado e ajudar na transpiração. “É importante manter o hábito da garrafinha de água e bebê-la durante todo o dia de forma fracionada”, aconselha.
A água é essencial para o corpo humano. Afinal, 70% dele é constituído por água. Os idosos possuem reserva hídrica menor e, além disso, percebem menos a falta de água em seu corpo por conta do processo natural de envelhecimento.
Já as crianças são muito ativas. Elas eliminam os líquidos mais rapidamente. Por isso, precisam de mais água para regular a temperatura corpórea e manter o corpo funcionando bem. Então, a criançada não pode deixar de beber água ao longo do dia.
O que não combina com esse clima desértico é exercício físico. Feitosa lembra que, nesta época, aumenta a poluição do ar. Há mais concentração de poeira e impurezas. Tudo isso põe em risco a saúde, especialmente quando se malha nas horas mais quente do dia. “Não é aconselhável qualquer atividade física com umidade abaixo de 12%”, destaca Feitosa. “A falta de umidade irrita o aparelho respiratório, que gasta muito mais energia para umidificar o corpo”.
Veja algumas dicas da Secretaria de Saúde para enfrentar o calorão enquanto as chuvas não chegam: