27/02/2020 às 14h44

Hospital Regional de Ceilândia abre unidade de curta permanência

Espaço é destinado a tratamento de pacientes com tempo de internação entre 12 e 72 horasLean nas Emergências Lean nas EmergênciasLeanTexto: Percy SouzaFoto: Divulgação/Saúde-DF

  O Hospital Regional de Ceilândia (HRC) agora conta com uma unidade de curta permanência (UCP) no pronto-socorro adulto. Destinada ao atendimento de pacientes que necessitam de internação breve, com previsão de permanência entre 12 a 72 horas, a sala é equipada com seis leitos e permite a observação, tratamento e recuperação dos doentes.   “Trata-se de um modelo de clínica alternativo às enfermarias comuns, aprimorando o fluxo de atendimento do pronto-socorro”, explica Vanderson Rodrigues, gerente de enfermagem do HRC.   A implantação da UCP está em consonância com a metodologia do projeto  e permite a otimização dos planos de atendimento aos usuários do pronto-socorro do hospital. Com isso, há a redução do fluxo de pacientes, permitindo que mais tempo seja dedicado a cada caso.   Para a superintendente da Região de Saúde Oeste, Lucilene Florêncio, a implantação dos leitos de curta permanência significa um avanço, tanto no modelo de assistência, como na gestão hospitalar. “ A UCP é um componente da metodologia, permitindo um melhor gerenciamento do fluxo de pacientes no pronto-socorro, o que é fundamental em um hospital que opera acima da sua capacidade instalada”, enfatiza a gestora.   O atendimento mais ágil e eficaz proporcionado pela unidade curta permanência já é percebido pela população. A dona de casa Joana Alencar, 64 anos, estava com dores generalizadas pelo corpo e esperou por cerca de duas horas entre a chegada ao HRC, atendimento e realização dos exames para diagnóstico. “ Foi tudo muito rápido. Logo fiquei sabendo que precisaria ficar apenas um dia em observação para tomar remédios”, comenta a moradora do Sol Nascente que na manhã seguinte já estava de alta médica.   A redução do tempo de internação hospitalar proporciona melhoria não apenas no pronto-socorro adulto, mas também nas alas de internação convencional do HRC. “A redução do tempo de permanência nesse modelo de clínica tem como consequência a melhoria no cuidado dos nossos usuários, redução de custos e do tempo de internação”, completa Rodrigues, gerente de enfermagem do HRC.   MELHORIAS NA EMERGÊNCIA – O projeto  começou a ser utilizado em julho de 2019 no Hospital Regional de Ceilândia. A iniciativa é coordenada pelo Hospital Sírio Libanês em parceria com o Ministério da Saúde. Entre as evidências de melhoria na assistência à população está a redução da média do tempo de internação, que caiu de 13 para oito dias. Houve também diminuição da superlotação no serviço de urgência, com queda de 27%.