Mortalidade Infantil em 2015 é a menor registrada nos últimos 16 anos
Mortalidade Infantil em 2015 é a menor registrada nos últimos 16 anos

O acesso e a qualidade da assistência prestada à criança são primordiais para este resultado
BRASÍLIA (14/09/16) - Em 2015 ocorreram no Distrito Federal 10,6 óbitos infantis por mil nascidos vivos. Foi a menor taxa de mortalidade registrada nos últimos 16 anos. Os dados estão disponíveis no mais recente Boletim Epidemiológico de Mortalidade Infantil, produzido pela equipe da Gerência de Informação e Análise de Situação (GIASS) e Gerência de Ciclos de Vida (GCV) da Subsecretaria de Vigilância à Saúde/SVS/SES-DF.
Do total de 487 óbitos registrados, 77% ocorreram no período neonatal (até 27 dias de vida), ocasionados principalmente por afecções perinatais, que são complicações de saúde que surgem antes, durante ou logo após o parto e responderam por 62,4% dos óbitos. A segunda maior causa de mortalidade foram as malformações congênitas, correspondendo a 25,9% dos óbitos.
A redução da mortalidade infantil é um desafio para os serviços de saúde do Distrito Federal que, nos últimos 5 anos, aperfeiçoou as políticas que colaboraram para essa redução. "As ações realizadas seguiram a Política Nacional de Atenção Integrada à Saúde da Criança (PNAISC), e foram implementadas pela área técnica da saúde da Criança da Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde em parceria com a Subsecretaria de Vigilância à Saúde", explica o Subsecretário de Vigilância a Saúde, Tiago Coelho.
A coordenadora dos Bancos de Leite Humano do Distrito Federal, Miriam Santos, conta que por se tratar de saúde da criança, a redução da taxa de mortalidade é extremamente importante.
"Para alcançarmos esse patamar, a SES trabalhou de forma conjunta, desde a atenção básica até a hospitalar. Durante este período, o DF teve aumento do saneamento básico e melhorias na educação e tudo isso contribui e reflete de forma direta na diminuição da taxa de mortalidade infantil. Em 2000, Brasília já apresentava a taxa de 14,4. Esse marco o Brasil só conseguiu alcançar 12 anos depois", esclarece Miriam.
A Rede Cegonha corresponde a um dos eixos da PNAISC e tem como competência a atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido. As ações dessa rede buscam a melhoria do acesso, cobertura, qualidade e humanização da atenção obstétrica e neonatal, integrando as ações do pré-natal e acompanhamento da criança na atenção básica com aquelas desenvolvidas nas maternidades, formando-se uma rede articulada de atenção.
Outro desafio é melhorar a oferta dos exames de rotina realizados no pré-natal, a fim de que os tratamentos tanto para a mãe, quanto para o bebê, possam ser oferecidos em tempo oportuno em todo o Distrito Federal.
Confira aqui o relatório