09/07/2020 às 12h00

Prevenção é a melhor estratégia para evitar acidentes com animais peçonhentos

De janeiro a junho, foram registrados 1.039 acidentes envolvendo esses animais no DFTityus serrulatus

GUILHERME PEREIRA, DA AGÊNCIA SAÚDE

Artes: Rafael Ottoni

O Distrito Federal já registrou, de janeiro a junho, 1.039 acidentes envolvendo animais peçonhentos, como aranhas, escorpiões e lagartas, em 2020. Esses animais podem ser encontrados nos centros urbanos devido à grande oferta de abrigo e alimento. A melhor forma de evitar acidentes é se prevenir e seguir as orientações de quem entende do assunto.

No DF, as maiores ocorrências envolvem escorpiões com 712 casos. Além disso, 623 inspeções foram feitas pela Vigilância Ambiental para captura destes animais em residências ou estabelecimentos comerciais. O biólogo Israel Martins afirma que barreiras físicas são essenciais para bloquear o acesso do animal ao domicílio ou estabelecimento, rodos de vedação nas portas e telas nos ralos dos banheiros são alguns cuidados que podem evitar a invasão.

“É necessário também o controle do alimento dos escorpiões, que são as baratas e pequenos insetos. Recomenda-se o uso de inseticida sólido, pois o pulverizado pode ocasionar o desalojamento do animal e resultar em uma picada”, afirma Israel.

Dentre as várias espécies aptas a viver no clima de cerrado, o escorpião amarelo (Tityus serrulatus) é o mais encontrado pela população, por ser o mais adaptado às condições urbanas. O biólogo explica que durante a seca e a estiagem a reprodução ou invasão ocorrem com menor frequência.

“Como eles vivem também no subterrâneo das cidades, nos esgotos e galerias pluviais, as chuvas acabam por desabrigar esses animais, que procuram novos lares, muitas vezes esses lares são as casas”, observa. 

No mesmo período, o DF registrou 84 acidentes envolvendo serpentes, 66 envolvendo aranhas, 60 envolvendo abelhas e 64 envolvendo algumas espécies de lagartas. Além disso, outras 53 ocorrências foram registradas envolvendo outros animais, ou que não tiveram especificação notificada.  

PREVENÇÃO - A Diretoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde recomenda algumas medidas de prevenção e cuidados que devem ser tomados:


 

Para o combate a estes animais, a Saúde conta também com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Samu, referência no atendimento aos pacientes picados e funciona 24 horas por dia. O Ciatox possui equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e farmacêuticos que prestam orientação à população. Em caso de ocorrência, disque 0800 644 6774.  

EDIÇÃO: JOHNNY BRAGA