12/06/2018 às 09h50

Saúde alerta para cuidados com fogos de artifícios durante as festas juninas

Um dos cuidados é usar os fogos de artifício longe de aglomerações - Foto: Gabriel Jabur/Agência BrasíliaTEXTO: Leandro Cipriano, da Agência Saúde

RECOMENDAÇÕES – De acordo com Frattini, os fogos podem causar desde queimaduras leves até a perda de dedos, como o polegar, a depender da potência do rojão e do seu uso inadequado.   “Nesses casos, o importante é apagar a chama abafando, rolando no chão, e usar água corrente para resfriar. Depois, é importante proteger com um pano limpo. Se houver sangramento, fazer a compressão local e ir para um centro médico para ser avaliado. Nesses casos, é bom não improvisar ou passar pomadas, pois pode dificultar a avaliação médica”, aconselha Frattini.   REFERÊNCIA – O Hran é referência no Distrito Federal para o tratamento de queimados. A unidade tem, em média, 22 internações por mês nesse setor.   “No entanto, de junho a setembro, o número de internações aumenta para cerca de 35 por mês. Por ser uma época seca, com mais frio e pessoas se aglomerando, há mais fogueiras, churrasqueiras e fogos de artifício, por isso, mais acidentes”, informa.   No total, o Hran atende, em média, 300 vítimas de queimadura no pronto-socorro todos os meses. Entre junho e setembro, o número aumenta para cerca de 450.   CASOS – Conforme os dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), entre 2008 e 2017 foram contabilizadas 5.063 pessoas internadas em todo o país para tratamento por acidentes com fogos de artifício.   No Distrito Federal, foram 78 internações nesse período devido a queimaduras por fogos de artifício.   Na série analisada, o ano de 2014 foi o que registrou o maior número de acidentes no país, inclusive no DF, que totalizou 14 internações. Naquele ano, o Brasil foi palco da Copa do Mundo, o que pode ter motivado o aumento do total de casos.