Saúde inaugura unidade de acolhimento em Samambaia
Saúde inaugura unidade de acolhimento em Samambaia
Serviço tem capacidade para abrigar 15 dependentes químicos
No momento que o Plano Distrital de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas completa dois anos, a Secretaria de Saúde reforça as ações na área. Nesta sexta-feira (30), às 16h, será inaugurada a Unidade de Acolhimento Transitório de Samambaia na QS 107, destinada a pacientes acima de 18 anos que fazem tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS –AD) da cidade.
Além da inauguração, o evento inclui a programação do 50º Sarau Complexo de Samambaia que terá aula e apresentação desportiva de lutas (boxe e capoeira) e a apresentação de resultados das ações da SES/DF nos dois anos Plano Distrital de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas.
No palco instalado no local haverá apresentações de artistas locais, convidados e pacientes do CAPS, pintura coletiva em tela, grafitagem, poemas escritos pelos usuários, entre outras atividades culturais.
A Unidade de Acolhimento Transitório fica na QS 107, conjunto 7, ao lado do CAPS-AD e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no setor Sul de Samambaia. No prédio de dois andares, será possível abrigar 15 dependentes químicos, que obrigatoriamente tenham passado por triagem e seleção dos profissionais do CAPS, responsável pelo acompanhamento médico.
A implantação das unidades faz parte das ações propostas pelo Plano de Enfrentamento, que completa dois anos no dia 30 de agosto. A ideia é proporcionar aos usuários de álcool e drogas em situação de fragilidade social, o suporte necessário para que eles consigam superar a dependência. “Os usuários acolhidos podem permancer no local por até seis meses. Nesse período, passarão por um processo de reinserção social”, informa o gerente do CAPS-AD de Samambaia, Ademário Brito.
Está é a segunda unidade de acolhimento entregue à população pela SES/DF. A primeira, inaugurada em abril em Taguatinga, é destinada ao atendimento infanto-juvenil.
Os pacientes terão à disposição um ambiente confortável com salas de acolhimento, repouso, espaço para as equipes e grupos, sala de estar, cozinha, refeitório, lavanderia, sala de estudos e de televisão, quatro quartos para os acolhidos com banheiros, sendo três masculinos e um feminino, almoxarifado e depósito.
CAPS-AD de Samambaia
O CAPS-AD III de Samambaia, que é destinado ao atendimento de população superior a 200 mil habitantes, funciona 24 horas. O DF possui 15 CAPS em várias cidades – nove específicos para o tratamento de dependentes de álcool e drogas. Cada CAPS-AD mantém uma equipe de mais de 70 profissionais, com médicos, psicólogos, enfermeiros e terapeutas. Atendem adultos usuários de drogas que procuram ajuda para deixar o vício, além de oferecer suporte às famílias.
Desde a inauguração, em abril, o CAPS-AD de Samambaia realizou mais de dois mil atendimentos, mais de mil oficinas e faz acompanhamento atualmente a 639 pacientes. Estatística realizada pela unidade, em 5 de agosto, uma análise de 560 prontuários sobre o perfil de usuários atendidos no local revela, por exemplo, que 51% fazem uso de álcool e 24% usam mais de uma droga (múltiplas drogas).
De acordo ainda com o levantamento, no que concerne à especificidade do álcool, cerca de metade dos usuários usam apenas dessa droga, mas 53% deles têm problemas no uso com outras drogas também.
Programação
16h - Apresentação de Resultados SES/DF – 2 anos Plano Distrital de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas;
16h45 –Inauguração da Unidade de Acolhimento de Samambaia;
17h30 - Lanche comunitário;
18h - Capoterapia com Mestre Gilvan;
19h - Aula de boxe com Nielsen “Grilo” (equipe Popo Fight Club) e apresentação de lutadores;
20h - Atrações Diversas:
Música – Coral EncantArte, Coral CAPS Rodoviária, DF13-2, Renatha Nayara, Matheus Moura, Rayanne Ayres e Luna Marcoline;
Teatro – Grupo Caturama;
Poesia – Markão Aborígene (lançando o livro “Sem rosto, família ou nome”), Lúcia Oliveira, Mutação Muita Ação, Luiz Vieira, Jharbas Marques, Carol Araújo e poetas do CAPS;
Exposição – Desenhos e pinturas de Marcelo Saldanha e Jharbas Marques, artesanato produzido nos CAPS e por artistas locais, arte em tela coletiva e Stand Saúde.
Celi Gomes