Secretaria de Saúde vai distribuir 200 mil preservativos a blocos de Carnaval
Secretaria de Saúde vai distribuir 200 mil preservativos a blocos de Carnaval
Iniciativa traz ainda ações educativas e distribuição de gel lubrificantes. Foco é prevenir contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
Thais Cavalcante, da Agência Saúde-DF | Edição: Natália Moura
A Secretaria de Saúde (SES-DF) vai disponibilizar 200 mil preservativos e 50 mil lubrificantes neste Carnaval. Para ter acesso, os blocos precisam solicitar os produtos por meio do endereço eletrônico gevist.divep@saude.df.gov.br. A distribuição será feita conforme a demanda.
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O intuito é reforçar a prevenção contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), ampliando a oferta e o acesso, principalmente, de camisinhas masculinas e femininas durante as festas. "Iremos dispensar o material a todo bloco que solicitar. O uso de preservativos é fundamental para evitar a transmissão de infecções como herpes, sífilis, hepatites, vírus da imunodeficiência humana [HIV], entre outras", afirma a diretora de Vigilância Epidemiológica da SES-DF, Juliane Maria Alves Malta.
Onde encontrar preservativos e lubrificantes?
Embora o reforço seja feito durante o período carnavalesco, os preservativos e os lubrificantes, bem como materiais informativos, podem ser retirados ao longo de todo o ano em diversos pontos da rede pública: 176 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) e Unidade de Testagem e Aconselhamento (Utai) - esta última localizada no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto.
Os blocos não terão postos de testagem rápida contra as ISTs, mas o teste pode ser feito - ao longo do ano - nos locais citados acima. Em casos diagnosticados, as equipes de saúde irão direcionar o paciente para o tratamento adequado.
Queda de casos
O último Informativo Epidemiológico de HIV e aids, aponta que, de 2019 a 2023, foram notificados quase 3,8 mil casos de infecção pelo HIV e mais de 1,3 mil de aids em residentes do DF. Nesse período, o coeficiente de detecção de aids por 100 mil habitantes caiu de 10,0 em 2019 para 7,0 em 2023, mantendo a tendência de queda gradual.
Na mesma linha de redução, o coeficiente de mortalidade diminuiu 18,2%, passando de 3,3 em 2019 para 2,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2023. Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), foram 457 óbitos tendo a aids como causa básica, entre 2019 e 2023. As ocorrências de hepatites B e D também apresentaram baixa.