Servidores de saúde são capacitados em atendimento a pessoas com TEA
Servidores de saúde são capacitados em atendimento a pessoas com TEA
Curso possui 350 inscritos e seguirá até o fim deste ano com módulos gerais e específicos
Karinne Viana, da Agência Saúde-DF | Edição: Natália Moura
Qualificar os profissionais da Secretaria de Saúde (SES-DF) para aprimorar o atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Este é o principal objetivo da Capacitação em Transtornos Globais do Desenvolvimento com ênfase no TEA. Com as primeira aulas realizadas nesta semana, a formação conta com 350 inscritos, entre médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
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O curso segue até o final deste ano, com quatro módulos gerais e específicos para diferentes categorias profissionais. “Essa iniciativa é um marco no Distrito Federal. A presença de servidores de todas as regiões de saúde mostra o compromisso de oferecer um serviço mais qualificado em todos os níveis de atenção”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
O secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira, concorda: “Adquirir conhecimento técnico é essencial, mas também precisamos aplicá-lo com empatia e responsabilidade. Saber fazer e saber ser são princípios que garantem um atendimento mais humanizado”, avalia.
A capacitação é fruto de uma parceria entre a SES-DF, o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto do Carinho, uma instituição sem fins lucrativos, por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD). Criado pelo MS, o Pronas tem um papel fundamental na qualificação de profissionais e na ampliação da assistência às pessoas com deficiência.
Rede de assistência mais forte
O curso aborda temas como diagnóstico precoce; intervenção multiprofissional; fluxos de encaminhamento no Sistema Único de Saúde (SUS); abordagem integrada entre diferentes especialidades; e compartilhamento de experiências. "Iniciativas assim são essenciais para qualificar o atendimento e garantir mais acesso para as pessoas com TEA e suas famílias. Precisamos estar preparados para ofertar atendimento especializado em todos os serviços", detalha a subsecretária de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer.
“Tanto profissionais da Atenção Primária à Saúde quanto os da especializada serão capacitados. Ao fazermos isso, permitimos que o paciente tenha qualidade de atendimento desde a sua entrada na Unidade Básica de Saúde [UBS] até a reabilitação”, assegura a coordenadora da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPCD) da SES-DF, Camila Medeiros.
Durante a formação, os participantes também serão preparados para lidar com as barreiras e os desafios que, muitas vezes, surgem no processo de inclusão social, educacional e no ambiente de saúde.
“Recebemos cada vez mais pacientes com autismo e esse curso nos permitirá atender melhor essas famílias, oferecendo um suporte eficaz e empático”, diz o pediatra da Policlínica do Gama Marlon Lopes, ao se referir à crescente demanda desse grupo de pessoas nos serviços de saúde.
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